Celebrar o Dia da Mulher pode parecer-nos, nos nossos dias, despropositado. Nas últimas décadas as mulheres conquistaram um lugar na sociedade que lhes era negado. A interrogação sobre a pertinência deste dia persistem, embora estejamos longe do ano de 1857, quando as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocuparam a fábrica e reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Em causa estavam também grandes injustiças: nas suas 16 horas, estas mulheres recebiam menos de um terço do salário dos homens. Na sequência do protesto, as grevistas foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio. Cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Este penoso protesto teve ecos em 1910, quando, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá, o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.
Voltamos então à questão inicial, a da pertinência da comemoração deste dia nos países ditos civilizados. O que querem ainda as mulheres? Lembrar que a condição feminina não é igual em todo o mundo e chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher. Pretende-se, essencialmente, levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher.
Webliografia:
http://www.eselx.ipl.pt/ciencias-sociais/Temas/direitos_mulher/