Chega dezembro, época que, habitualmente, se pautava pela azáfama da compra dos presentes.
Este ano, crise "oblige", tudo decorre de uma forma muito mais contida do que nos anos anteriores.
Será o nosso Natal o momento positivo e feliz a que nos habituámos, mesmo em tempo de crise?
Ou será que, precisamente pela desmaterialização a que somos obrigados, seremos capazes de
tornar o Natal num momento mais positivo, porque mais repleto de valores afetivos?
Natal à lareira, em família, a ouvir e contar histórias tradicionais, relatos de natividade de histórias
extraordinárias que o avô nunca tinha contado ...
Natal na rua, consoada partilhada, num momento de solidariedade, acompanhando os que não têm um lar ...
Natal criativo, Natal literário, Natal amor, Natal amizade, Natal esperança, ... tantos
natais que podemos ter, tantos motivos para que continue a ser Natal.
Natal cristão ou natal pagão? A questão não é inocente, pois não: de acordo com a Enciclopédia Católica
(1911), " A festa de Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja (...) os seus
primeiros indícios são provenientes do Egito (...) os costumes pagãos relacionados com princípio do ano
concentravam-se na festa de Natal". De acordo com The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious
Knowledge (A Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso, de Schaff-Herzog),
"Não se pode determinar com precisão até que ponto a data desta festividade teve origem na pagã Brumália
(25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17 a 24 de dezembro) e comemorava o nascimento do deus sol,
no dia mais curto do ano. (...) O mundo romano tinha sido pagão. Antes do século IV, os cristãos eram poucos,
embora estivessem aumentando em número, e eram perseguidos pelo governo e pelos pagãos. Porém, com a
vinda do imperador Constantino (no século IV) que se declarou cristão, elevando o cristianismo a um nível de
igualdade com o paganismo, o mundo romano começou a aceitar este cristianismo popularizado e os novos
adeptos somaram a centenas de milhares"*.
Terá sido, assim, que o Natal se introduziu no mundo ocidental!
Este tipo de informação, descobrimo-la nos livros. E o livro é sempre um bom amigo, sempre disponível,
companhia de todas as horas e de todos os momentos.
Neste Natal, se puder, ofereça livros, se não puder, troque leituras com familiares e amigos.
Tenha um feliz Natal!
* in, http://solascriptura-tt.org/Diversos/NatalVeioDoPaganismo-Helio.htm (adaptado)